Espaço "Mulher Arretada"

15 de Maio, Dia da Família Certa vez me perguntaram de onde me vem inspiração e o que me incentiva escrever com maior naturalidade, e naquele momento, respondi: minha família. Hoje diria o mesmo, porém, com mais autoridade diante do que vivi, após aquele momento. Minha mãe, Ana, com a simplicidade de camponesa sempre me surpreendia com a sua sabedoria natural. Não tinha muita experiência de vida para me passar, haja vista, eu buscava além do que ela podia me oferecer, mas, ela tinha um amor excepcional por mim, e o amor é um sentimento que fortalece a nossa alma de tal maneira, que superamos as barreiras com naturalidade. Ela e meu pai eram especializados em me encorajar a resistir os obstáculos alcançados por uma criança especial. Os dois foram generosos com o seu tempo, energia e amor, e me deram oportunidades para alcançar além de muita liberdade de escolha a minha independência. Espero que a minha imagem reflita para minhas filhas os valores que eles me ensinaram.

Elas plantam, aram, cuidam, colhem, preparam e administram com carinho o produto que alimenta a família. Pelas mãos da mulher passam o sustento e a renda dos assentados da reforma agrária.  Segundo o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), autarquia ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), mais de um milhão de famílias vivem em assentamentos no Brasil. Nesses lares é comum encontrar mulheres que, além de administrar a casa e o cultivo de alimentos, desenvolvem atividades em alguma forma de organização produtiva. Aos 45 anos, Adelina da Rosa, por exemplo, se descobriu artesã. Por meio de cursos de bordado, crochê e renda oferecidos pela assistência técnica da Emater/RS na região do Médio Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, onde mora, a assentada aprendeu técnicas que se tornaram fonte extra de renda para a família.  Hoje, aos 58 anos, Adelina faz parte do Grupo Arte e Cultura, formado por 17 mulheres dos projetos de assentamento Novo