Publicado no PU em 10.05.2011
O sentimento de dever cumprido de Lula bate de frente com os “ressentimentos e mágoas” de Zé Maranhão.
Podemos perceber que o ciclo político do tradicionalista está no fim. E, se você não entende o que é político tradicionalista no meu conceito, vamos estreitar o nosso entendimento.
Tradicionalista é o político que ainda pensa ser eternizado no poder, deixando de fazer hoje, e, prometendo fazer amanhã, quando o tempo acaba ele sai na força com a sensação de não haver concluindo a sua tarefa investindo de todas as formas e utilizando de todos os meios para retornar.
Tradicionalista é o político que ainda pensa ser eternizado no poder, deixando de fazer hoje, e, prometendo fazer amanhã, quando o tempo acaba ele sai na força com a sensação de não haver concluindo a sua tarefa investindo de todas as formas e utilizando de todos os meios para retornar.
Ainda há políticos desse naipe, em todas as facções políticas do Brasil e inseridos em todas as siglas partidárias, mas, os seus dias não serão muito alongados.
É fato registrado na História do Brasil a obediência de Lula aos conselhos da mãe em persistir a lutar pelo seu objetivo de vida, que era tido como loucura. “Ser Presidente do Brasil”.
O discurso da mãe de Lula, de tão resumido ecoava na mente do filho até concretizar-se: “É só teimar”.
E para orgulho do brasileiro petista, que assistira um comício de Lula nos anos 80, entre lágrimas de desesperança, em meio a uma platéia de 20 pessoas, ao lado da Lagoa, centro da Capital da Paraíba, ouve-se em clima de despedida uma frase proferida com o sentimento de dever cumprido, na qual Lula confessa: “...não foi difícil, foi gostoso governar o Brasil por oito anos”.
Esta frase revela obrigação cumprida... satisfação por ter estado Presidente.
Em contradição o mesmo brasileiro petista, que assistira as práticas mais feias de politicagem às vésperas das eleições e os comícios mais recheados de pessoas que aproveitaram aquele dia para completar os tanques de combustíveis dos seus carros, ao lado da mesma Lagoa, ouve em clima de despedida uma frase proferida para divulgação da mídia paraibana, na qual Zé Maranhão confessa: “...estou levando comigo “ressentimentos e mágoas” de muitas pessoas que não posso citar, para não prejudicar articulações futuras”
Esta frase revela o não cumprimento de sua missão... insatisfação por ter estado e não ser eterno Governador.
Rita Bizerra
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