Entre surpreso e indignado ouvi há algum tempo atrás, num evento do qual participava, uma autoridade do governo federal fazer uma declaração que chocou a platéia, gerando descontentamentos por considerá-la ofensiva à mulher paraibana, que se fazia presente majoritariamente no auditório. Esse palestrante, de forma jocosa, ao se referir aos processos de requerimento de pensão previdenciária feita por pessoas que convivem com outras do mesmo sexo, informou, entre sorrisos de galhofa, que os primeiros processos encaminhados foram, “coincidentemente”, por gaúchos e paraibanas, querendo estereotipar os homens do Rio Grande do Sul e as mulheres da Paraíba como homossexuais. Foi uma infeliz brincadeira. Na verdade o comportamento dessa autoridade reflete um pensamento estigmatizado que se faz da mulher paraibana, a nível nacional, em razão da malícia popular, que tomando ao pé-da-letra a expressão do refrão da música de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “A Paraíba”, masculinizou a imagem
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