A Câmara elegeu ontem a deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União). A votação, que foi secreta, segue agora para o Senado. Essa é a primeira vez que uma mulher é eleita para o cargo. Seis candidatos concorrem à vaga. Arraes teve 222 votos, seguida por Aldo Rebelo (PC do B-SP), com 149. O peemedebista Átila Lins recebeu 47 e não obteve nem o total de votos de seu bancada.
Damião Feliciano (PDT-PB) conseguiu 33 votos, Milton Monti (PR-SP) ficou com 30, e o auditor Rosendo Severo obteve apenas 10. O nome de Severo foi lançado pela associação que representa os auditores do TCU, em processo inédito do órgão. Brito (PSC-BA) e Vilson Covatti (PP-RS) desistiram da disputa. Depois de reunião com Campos, Brito decidiu apoiar a candidatura de Arraes.
Ana Arraes ontem que não pode ser acusada de nepotismo por conta do apoio que recebeu do filho. “[Não existe nepotismo]. Se o nepotismo é feito pelo povo, então é o voto do povo [...].É uma honra criar um filho como Eduardo [Campos]”, disse ela, para quem existe um “sentimento de família” em sua casa.
Além de ter o filho governador, o pai de Ana Arraes, Miguel Arraes (1916-2005), também governou o Estado. Questionada sobre as frequentes viagens do filho a Brasília para fazer campanha, Arraes rebateu dizendo que Campos -que tem pretensões de concorrer ao Planalto- é muito bem avaliado pela população de Pernambuco. “Pergunte ao povo de Pernambuco como ele está satisfeito. Ele tem 92,5% de satisfação da população.”
Rita Bizerra, com assessoria
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