A atriz Marcélia Cartaxo está de volta aos palcos paraibanos. Só que, desta vez, nos bastidores. Ela assina a direção do espetáculo “Meias Irmãs”, que estreia nesta sexta-feira (9), no Teatro Santa Roza, em João Pessoa, e permanece em cartaz até o dia 25, com apresentações de sexta-feira a domingo, às 20h.
A montagem é baseada em texto do escritor português Nuno Milagre e o elenco conta com as atrizes Janaína Araújo e Kalline Brito. A peça é mais um dos projetos contemplados pelo Edital de Ocupação dos Teatros da Funesc, lançado este ano. Os ingressos custam R$ 20 (inteiro) e R$ 10 (preço promocional para estudantes e artistas).
De acordo com a sinopse, “Meias Irmãs” é uma peça que retrata o contraste existente entre duas meias-irmãs. Nos últimos anos, Lúcia e Beatriz estiveram poucas vezes juntas. Lúcia emigrou e veio agora visitar a irmã e o pai, que está doente. As duas não se poderão evitar. Elas entram num discurso regressivo e exploram os tabus da família para acusações mútuas. O exorcismo gera conforto, mas a harmonia é frágil e tudo ficará na mesma se não prevalecer o poder de atração entre as meias-irmãs.
O espetáculo conta relação de duas mulheres, uma cantora e uma secretária do serviço público que se afastam porque a primeira cai na estrada para desenvolver seu ofício enquanto a segunda assume o fardo de “cuidar” da família. A temática “laços familiares” tem sido constante na trajetória de Marcélia, que desde “Woyzeck, o Brasileiro”, em 2002, não fazia trabalhos relacionados ao teatro.
A montagem desse espetáculo tem o intuito de criar capacidade para enfrentar atividades que envolvem o ser humano em sua totalidade. O trabalho em palco foge da tão abordada temática nordestina e propõe um jogo de cena realista, abrangendo latências, sensações, sentimentos, pulsações e revelações de construções da teatralidade, segundo a produtora do espetáculo, Kalline Brito.
Marcélia Cartaxo usa a experiência adquirida ao longo dos anos para solidificar o espetáculo. “Meias Irmãs” é um trabalho de encenação em sistematizações para o desenvolvimento da interpretação das atrizes, muito utilizado pela diretora em suas passagens pelo cinema. Pesquisar a alma humana, penetrar no mistério do ser total e dele extrair todo o potencial artístico que ali se encerra. Eis a proposta lançada para dar vida e enfatizar as ações que revelam a relação entre as personagens Lúcia e Beatriz.
Ficha técnica
Direção Geral: Marcélia Cartaxo
Dramaturgia: Nuno Milagre
Elenco: Janaína Araújo e Kalline Brito
Produção: Heleno Bernardo e Sheilla Martins
Concepção Cenográfica: Kalline Brito e Marcélia Cartaxo
Direção e operação de imagens: Heleno Bernardo
Cenotécnico: Chico Régis
Figurino: Vilmara Georgina
Desenho de Iluminação: Fabiano Diniz
Operador de Luz: Giuliano Barreto
Concepção de Cabelo e Maquiagem: Williams Muniz
Composição da Trilha Sonora: Eli – Eri Moura
Operador de Som: Natan Pedoni
Fotografia: Ray Ramos
Direção de Movimentos da Dança Flamenca: Beatriz Beacher
Técnica Vocal: Amanda Cunha
Rita Bizerra, com site do Governo
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