Aos 45 anos, a zeladora Josefa dos Santos Amorim trabalha há 15 em um prédio nos Jardins, área nobre da zona oeste de São Paulo. Por lá, ela é conhecida como “a mulher das mil e uma utilidades” e faz jus ao apelido. “Faço o que tiver para fazer. Como cuido sozinha desse condomínio, sou porteira, faxineira e eletricista”, explica.
O marido de Josefa era o antigo zelador do edifício, mas, vítima de câncer, morreu em 1996. Na época, ela trabalhava como diarista e, para não perder a moradia, topou ocupar o cargo. “Foi difícil assumir o posto de zeladora. Não sabia nem trocar uma lâmpada e me deram três meses de experiência”, relembra.
Para dar conta das tarefas e permanecer no prédio, ela contou com a ajuda do filho, o funcionário público Danilo dos Santos Araújo, de 23 anos -que tinha apenas nove quando o pai morreu. “O meu filho teve de caminhar com as próprias pernas desde cedo, ia para a escola sozinho. Ele até me ajudava e, quando eu precisava, ficava na portaria.
Rita Bizerra, com Mulheres faz-tudo
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