Desde meados do século XIX as mulheres de todo o mundo lutam para conseguir um lugar no mercado de trabalho. Hoje em dia muitas profissionais estão empregadas, mas a maioria ainda luta pela igualdade de salários e oportunidades com os homens.
Um estudo realizado pelo Banco Mundial e publicado pelo jornal "O Globo" chamado “Igualdade de gêneros e desenvolvimento 2012” afirma que se as mulheres tiverem as mesmas oportunidades que os homens a produtividade do mundo pode aumentar de 3% a 25%. Segundo a pesquisa a maior demanda das economias dos países em desenvolvimento acabou por inserir mais mulheres no mercado de trabalho. No mundo, elas são mais numerosas nas universidades e tiram melhores notas. Mas, embora estejam mais preparadas, seus salários são mais baixos.
Além disso, o estudo mostra que no Brasil os patrões ainda são os homens, com 70% dos postos de empregadores. Eles também são maioria entre os trabalhadores por conta própria e assalariados com 53%. Nos serviços não remunerados, as mulheres se destacam, com 72% do total. No nosso país também há mais mulheres com empregos informais. “As mulheres dedicam 27 horas semanais ao trabalho doméstico, enquanto os homens usam apenas 10,5 horas”, disse Ana Lúcia Saboia, do IBGE.
O preconceito em relação às mulheres também está presente. Um exemplo ouvido pelo jornal é o da secretária da Organização de Mulheres do Sindicato de Trabalhadoras Rurais de Vitória de Santo Antão (PE), Rosenice Josefa, que trabalha na roça desde os cinco anos, hoje é dona de suas terras, mas enfrentou resistência até do marido. “Os homens vivem fazendo gracinha. Cresci em um ambiente em que a mulher vivia de carregar lata d'água na cabeça e de fazer mandado na enxada. Hoje, sou dona de minha terra, pois o sítio é no meu nome mesmo, e não do meu marido".
Considerada patrona do Feminismo no Brasil, Rose Marie Musaro está convencida de que a defasagem salarial entre homens e mulheres será uma das últimas diferenças de gênero a mudar. "O sistema vive se alimentando da mais valia da mulher", diz.
Rita Bizerra, com bolsa de mulher.
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