Espanha acolhe de 14 à 17 de Novembro próximo a 15ª Cimeira Mundial do Microcrédito. O evento que acontece na cidade de Valladolid, irá reunir mais de 2000 delegados de 100 países, dentre chefes de Estado e de Governo, especialistas nacionais e internacionais que trabalham na luta contra a fome e a pobreza e alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. A cerimónia de abertura será presidida por sua Majestade a Raínha Sofia, Co- Presidente honorária da Campanha para a Cúpula de Microcrédito que desde 1997 participa nas Cimeiras de Microcrédito.
Angola far-se-á representar à Cimeira por uma delegação multi-sectorial chefiada pelo Ministro da Economia Dr. Abrahão Pio dos Santos Gourgel. Irão fazer parte da comitiva, a Ministra da Família e Promoção da Mulher, representantes dos bancos operadores de micro crédito e da única Instituição Financeira que no país desenvolve a actividade de micro finanças.
De acordo com o Comité organizador, a Cimeira de Microcrédito, é uma importante reunião e acontece num momento de crise com implicações globais, mas com efeitos negativos sobre os países menos desenvolvidos. Apesar da crise, o actual governo espanhol decidiu manter a sua política de cooperação para o desenvolvimento, um factor importante na sua acção externa na luta contra a fome e a pobreza.
Essa política é desenvolvida não só como uma necessidade para proporcionar maior renda para os necessitados, mas também como forma de ampliar os direitos, oportunidades e competências essenciais da população excluída do sistema financeiro e abrange um bilião de pessoas no mundo.
No entanto, a luta contra a fome e a pobreza no mundo, o empoderamento das MULHERES e auto sustentação das instituições de microfinanças, são tidos como os principais objectivos da Cúpula de Microcrédito.
Em Angola, vários avanços são notórios na questão do microcrédito. O país recebeu em Maio de 2010 a visita do fundador do Grameen bank, Muhammad Yunus, considerado por muitos como o pai do microcrédito.
Na ocasião, o economista do Bangladesh disse que o microcrédito deve ser visto como um instrumento para promover a inclusão social e reduzir os níveis gritantes de pobreza, por via da sua expansão no fomento de pequenas iniciativas geradoras de emprego.
O Nobel da paz 2006 que também estará presente em Valladolid, defende que a instrução é uma das formas de afastar a pobreza, segundo ele, há pessoas pobres que conseguiram afastar a pobreza por via da instrução e hoje têm uma vida sem as privações iniciais.
Porém, há que referir, que em Angola os programas de microcrédito estão a contribuir para o aumento da produção.
Até ao momento, já foram beneficiados com o crédito agrícola de campanha 24.013 pequenos camponeses associados em cooperativas, de 68 municípios de 17 das 18 províncias do país, permitindo desta forma o fomento da produção em grande escala.
Comentários
Postar um comentário