Por determinação da ministra Iriny Lopes, a Secretaria de Polícia para as Mulheres vai dar acompanhamento jurídico e social em dois casos de assassinatos recentes de mulheres ocorridos em Brasília. As vítimas foram a estudante de Direito Suênia Sousa Farias, de 24 anos, morta a tiros na última sexta-feira pelo professor com quem tivera um romance, e a copeira Vanessa Souza Ribeiro Santos, assassinada pelo próprio marido em 19 de setembro.
O objetivo, segundo informou a Secretaria, é auxiliar as famílias e garantir a punição dos assassinos. Nos dois casos, o motivo foi o mesmo: os parceiros não aceitavam o fim da relação. Suênia foi morta com três tiros pelo professor Rendrik Rodrigues (35) porque decidiu romper o caso que mantinha com ele e reatar a relação com o ex-marido. Vanessa foi assassinada, também a tiros, porque estava em processo de separação conjugal e o marido não aceitava o rompimento.
Os assassinos, nos dois casos, já haviam dado sinais de que estavam dispostos a agir com violência. Conforme a ministra, um dos grandes desafios da Secretaria é o de fazer com que as mulheres não tenham medo de denunciar e procurem ajuda quando necessário. A Lei Maria da Penha, que completa cinco anos, segundo ela é eficaz, mas ainda não chega a todas as brasileiras. Hoje, existem no País mais de mil serviços especializados de atendimento à mulher.
A subsecretária de Enfrentamento à Violência, Aparecida Gonçalves, destacou a importância do registro de denúncia de ameaças pelas vítimas nesses canais, entre eles o Ligue 180, da Central de Atendimento à Mulher. "Com ameaças, perseguições e demonstrações claras de posse e ciúmes, a maioria dos futuros criminosos quase sempre antecipa a decisão de agir com violência, mas nem sempre as mulheres procuram ajuda", lamentou.
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