O Brasil comemora, hoje, o Dia da Criança com inúmeras manifestações em sua homenagem, coincidindo com o feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida – a padroeira do Brasil. A data nacional foi criada em 1924, mas o Dia Mundial da Criança é 20 de novembro, quando a ONU proclamou a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989.
Infelizmente, as crianças brasileiras – apesar dos reconhecidos avanços dos últimos tempos – ainda não recebem, em sua totalidade, esses cuidados. A cada ano nascem no País cerca de 3,1 milhões. Estima-se que uma em cada 45 crianças morre antes de completar cinco anos, e de causas que poderiam ser perfeitamente evitadas. Uma delas é a falta de saneamento básico, que provoca diarreias e outras doenças.
Por conta da desestruturação das famílias, provocada pela pobreza, muitas crianças terminam sendo presas fáceis do crime organizado, servindo de “aviões” (transportadores de drogas) e “olheiros” (para alertar sobre a presença da polícia) e terminam se envolvendo no próprio consumo de drogas (sobretudo o crack).
Colocar todas as crianças na escola – e em tempo integral – é ainda um desafio em pauta. Grande parte das famílias não tem condições de dar o suporte ao acompanhamento das tarefas escolares. Além do mais, não pode oferecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento físico e mental de seus filhos – o que passa a ser feito pela escola. Quando estes não recebem a quantidade mínima de nutrientes para a formação de seus cérebros, no momento exato, estes ficam definitivamente atrofiados.
Ademais, a chaga do trabalho infantil ainda não foi erradicada do Brasil. Cerca de uma, em dez crianças (dois milhões) é obrigada a trabalhar em alguma atividade. Ter esses dados em mente é o primeiro passo para mobilizar as forças capazes de enfrentá-los com determinação política e amor às crianças.
Redação
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