VIGILÂNCIA SANITÁRIA ADVERTE PARA RISCOS NOS SALÕES DE BELEZA
São dicas fáceis e simples que fazem a diferença. O recomendado é ter um kit pessoal e levar sua própria lixa, alicate e espátula ao salão de beleza.
Ir ao salão de beleza requer mais cuidado do que apenas conseguir espaço na agenda.
Segundo a Vigilância Sanitária, alicates de unha, lençóis de maca de tratamentos estéticos, cera de depilação e até escovas de cabelo podem transmitir doenças que vão desde micoses e dermatites a tétano, hepatite C e até HIV.
“O primeiro hábito saudável é o profissional lavar as mãos entre um cliente e outro”, ensina a sanitarista Mônica Vallim que lembra, no entanto, que as maiores denúncias na vigilância são por falta de esterilização de materiais.
De acordo com ela, no entanto, há outros cuidados que precisam ser tomados. “O piso e as paredes devem ser lisos e impermeáveis para não acumularem germes, poeira ou resquícios de secreções”, alerta Mônica, que condena o uso de carpetes e paredes com textura.
Unha
Pelas normas do órgão, materiais de madeira como espátula, lixas de pé e de unha e palitos devem ser descartados.
Como madeira é um material poroso, bactérias e fungos podem ficar na ferramenta, que não resiste a desinfecções e esterilizações. Mas a principal preocupação costuma ser o alicate de unha.
“Todo o kit esterilizado deve se aberto na frente do cliente e o que é descartável jogado fora depois do uso”, aconselha a sanitarista. “Muitas vezes há sangramentos não vistos a olho nu e, como não dá para saber se o cliente é portador de alguma doença, temos que esterilizar para impedir a contaminação”, completa.
Bacias devem vir forradas com protetor descartável e lavadas e desinfetadas depois de cada cliente.
Depilação
Quando o assunto é depilação, Mônica é categórica: “a reciclagem de cera é proibida”. A sanitarista lembra ainda que a mesma espátula usada na virilha não deve ser aplicada no buço, mesmo que seja da mesma cliente; e que a espátula usada para misturar a cera não deve ser a mesma que se usa na pele do cliente.
“A cera que resta contém pedaços de pele, pêlos e microorganismos”, explica. É importante saber também que, pelas regras da vigilância, locais para depilação devem ter um lavatório a cada seis cabines, com sabonete líquido, papel toalha e lixeira operada por pedal.
Cabelos
Até os cuidados com cabelos devem ter atenção especial no quesito higiene. “As escovas de cabelo também devem ser trocadas a cada cliente.
Elas devem ser limpas e desinfetadas”, diz Mônica, que sugere o mesmo tratamento para toalhas. “Todos esses cuidados são para evitar doenças como sarna, piolho, dermatites, micoses e até tétano, hepatite C e HIV”, resume ela.
A cada dois meses a Vigilância Sanitária promove palestra gratuita sobre o assunto. Sempre na última segunda-feira do mês.
Para denunciar, qualquer pessoa pode prestar queixa anonimamente através do telefone (21) 2503-2280.
Rita Bizerra, com Universo Mulher
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