A atenção voltada à temática da violência doméstica e ao seu combate tem se intensificado desde a criação da Lei Maria da Penha. Mesmo sendo as mulheres o foco principal das políticas públicas, há quem trabalhe na outra ponta do problema: os homens que as agridem.
Segundo o secretário-executivo do Instituto Noos, Carlos Zuma, "aos homens que, geralmente, são os que cometem violência, a questão era só de responsabilizar pelo ato de violência, ou seja, de punir de alguma maneira", disse.
Segundo o psiquiatra Fernado Acosta, um dos trabalhos realizados com jovens em Nova Iguaçu é tentar fazê-los dissociar a virilidade da violência. "A base da discussão da prevenção da violência eram as questões de gênero. Era, na verdade, a questão das masculinidades, a questão desse poder patriarcal que nós incorporamos ao longo da história". O uso da expressão "autores de agressão", ao invés de agressores, é defendida por Acosta, pois o termo retrata que a questão é social, e não da natureza do homem.
O psicólogo e especialista em terapia de casal Alan Bronz também ressalta a importância em não se trabalhar somente de forma punitiva com os autores da agressão. Segundo ele, o homem precisa ter a oportunidade de pensar sobre o que está fazendo, sobre os valores que estão por trás de suas atitudes.
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