O lançamento será feito durante um ato político e terá caráter suprapartidário, segundo os organizadores. A meta do grupo político ligado à senadora, que saiu das eleições presidenciais do ano passado com um cacife político respeitável, lastreado por quase 20 milhões de votos, é lançar mais sete comitês estaduais até o final de novembro. O próximo será no Ceará. Entre janeiro e fevereiro do próximo ano devem ser instalados outros dez.
"O objetivo do lançamento de uma base em São Paulo é congregar todas as forças políticas que buscam novas formas de fazer política", diz Maurício Brusadin, um dos principais articuladores do movimento no Estado.
Ex-presidente do diretório estadual do PV, partido do qual se desligou em junho, ao lado da ex-senadora, Brusadin também vê a iniciativa como uma boa oportunidade de debate das eleições municipais: "A discussão do programa Cidades Sustentáveis, que define metas municipais em áreas consideradas prioritárias, como educação, saúde e meio ambiente, também servirá para balizar o apoio do movimento a essa ou aquela candidatura municipal em 2012".
Desde que deixou o PV, Marina tem dito que apoiará candidatos municipais que se identifiquem e apoiem aquele programa. Os organizadores do evento em São Paulo devem convidar políticos de diferentes partidos, do PSOL ao PSDB. A lista inclui Walter Feldman (PSDB), secretário de Gilberto Kassab, Carlos Giannazi (PSOL), Luiza Erundina (PSB), Soninha Francine (PPS). Deputados estaduais e federais do PV também serão convidados.
Em várias partes do Brasil o grupo da ex-senadora vem procurando se aproximar de setores do PSOL. Formalmente, ela tem dito que o movimento não tem nenhum objetivo partidário nem eleitoral. Insiste que o objetivo é agregar forças para discutir novas formas de organização política no século 21.
Extraoficialmente, porém, parte dos integrantes do movimento veem nele o embrião de um futuro partido - sem o qual seria impossível conquistar espaços e influir no quadro político. Acham impossível, pelo menos por ora, qualquer mudança política que permita o lançamento de candidaturas avulsas, sem sigla partidária, como deseja Marina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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