(iG) A presidenta Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira a diretora executiva das Nações Unidas Mulheres, Michelle Bachelet, no Palácio do Planalto, em Brasília. Ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet relembrou ontem, ao participar da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que ela e Dilma têm trajetória de vida semelhante, por terem enfrentado, há 30 anos, “momentos de extrema dificuldade” para a conquista da democracia em seus países. “Naquela época, a presença das mulheres nos altos cargos era um sonho, mas, hoje, como disse a presidenta Dilma: 'nós podemos'”.
Michelle Bachelet contou que à frente do governo chileno percebeu que os programas econômicos não eram suficientes para acolher mulheres desempregadas, por exemplo. “Não pode haver políticas neutras porque elas não atingem as mulheres. As políticas precisam ter especificidade de gênero, senão o resultado não será sustentado e nem garantirá os direitos”, disse a representante da ONU.
Sobre desafios a serem superados, a diretora apontou o baixo número de mulheres em cargos políticos e também nos postos de negociação de acordos de paz em países com conflitos e guerras civis. Dos 194 países integrantes das Nações Unidas, somente 20 são chefiados por uma mulher e elas ocupam menos de 20% das cadeiras nos parlamentos mundiais. Para Michelle Bachelet, a reforma política é um bom caminho para mudar esse cenário trazendo como opção listas fechadas com número igual de candidatos homens e mulheres.
Outra área prioritária, segundo a diretora executiva da ONU Mulheres, é o combate à violência contra a mulher, iniciativa que, para ela, passa pela mudança da visão da sociedade sobre a mulher. “Somos mais que um rostinho bonito e um belo corpo”, disse.
Comentários
Postar um comentário