Após seis meses da criação do programa Brasil Sem Miséria, que pretende tirar R$ 16 milhões de pessoas da extrema pobreza, o governo encontrou 407 mil famílias que viviam em situação de miséria em várias regiões do país sem receber benefícios assistenciais do governo federal. Das 407 mil, 305 mil já foram incluídas no Cadastro Único do governo federal e passaram a receber o Bolsa Família.
O número supera a meta inicial de 320 mil famílias nos primeiros seis meses e representa metade da meta de encontrar 800 mil até 2013, segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello.
“Elas não são mais uma estatística, sabemos onde moram, se são catadores, se tem esgoto, se tem filhos”, disse a ministra nesta sexta-feira (16), em Brasília, na divulgação do balanço dos seis meses do Brasil Sem Miséria.
As ações do plano têm três frentes de atuação: a distribuição de renda, a inclusão produtiva e o maior acesso aos serviços públicos, como saúde, e educação, por exemplo. Os brasileiros que recebem até R$ 70 mensais terão direito aos benefícios do Brasil sem Miséria, no mesmo valor do Bolsa Família.
De acordo com Tereza, todas as metas foram alcançadas. Ao ampliar de três para cinco o limite máximo de filhos que poderiam receber o benefício do Bolsa Família, o governo incluiu 1,3 milhão de crianças e adolescentes no programa.
Além disso, a o projeto incluiu 25 mil gestantes no Bolsa Família. “Com isso mantemos a gestão na rede de saúde [ condicionalidade para que ela receba o benefício], melhoramos sua saúde e sua renda’, explicou Tereza.
Ainda no setor da saúde, o programa Brasil Sorridente formou 563 equipes, entregou cem unidades móveis de atendimento á população e distribuiu 239 mil próteses dentárias. De acordo com a ministra, áreas extremamente pobres ganharam 2122 novas unidades básicas de saúde.
Setor Rural.
Na área rural, 37 mil famílias passaram a receber assistência técnica, uma orientação sobre como produzir mais e melhor, e 375 mil toneladas de sementes foram entregues a agricultores extremamente pobres do semiárido.
A presidente Dilma Rousseff discursou após a divulgação dos dados e disse que o Brasil quer ser "um país de classe média". "Quero deixar aqui registrado o fato de que nós somos o país que estamos em condições de tirar os 16 milhões da pobreza e de elevar para classe média essas pessoas. Nós queremos um país de classe média."
Ela aproveitou ainda o balanço do programa para desejar feliz Natal e Ano Novo para a população brasileira. "Eu queria desejar um feliz Natal e um próspero Ano Novo. Feliz Natal é para todas as famílias brasileiras e todas as crianças desse país. O próspero Ano Novo é para todos nós", disse. "Juntos nós vamos fazer do ano de 2012 o melhor que o país já teve", completou.
Nordeste
A região Nordeste também foi a mais beneficiada pelo Água Para Todos, de acordo com a ministra. Neste ano, 84 mil cisternas foram entregues e 68 mil estão em construção. Cerca de 82 mil agricultores foram inseridos no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, que estimula a compra de alimentos desses produtores.
No âmbito do Bolsa Verde, 9,2 mil famílias já receberam a primeira parcela do benefício. Esse projeto estimula agricultores familiares a preservar parte de sua terra. Para isso, eles recebem R$ 300 a cada três meses.
Educação
O Brasil sem Miséria prevê também estratégias para gerar ocupação para pessoas em extrema pobreza. Nesse eixo, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) reservou 71 mil vagas em 160 mil municípios em cursos que devem começar em janeiro de 2012. A meta é oferecer 1 milhão de vagas até 2014.
Outras 117 mil pessoas participaram de ações de assistência técnica e capacitação de empreendedores.
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