Nascer, crescer, e permanecer no mesmo lugar no Brasil da inferência de que nosso País tem uma Língua Unificada. Quando nos aprofundamos um pouco na área de comunicação percebemos com o estudo da gramática normativa, uma diferença existente entre o português de Portugal e o português do Brasil, tanto na língua escrita, quanto na língua falada.
Sob essa ótica, é permissível que se acate a sugestão do estudioso da Lingüística, Marcos Bagno, que após uma analise aprofundada da Língua Portuguesa dos dois Países, afirma com estatuto de veracidade a individualidade da nossa língua, justificando através de exemplos claros essa distinção, que deu-lhe a autoridade de sugerir Portugal continuar com a “Língua Portuguesa” e o Brasil assumir a “Língua Brasileira”.
Logo saímos da região onde nascemos, e percebemos o movimento da nossa língua, o que nos alerta de que, a língua é uma forma de comunicação viva, internalizada em cada brasileiro, com suas modalidades regionais e até ambientais.
Ao chegar no Sul do País analisei o nível do preconceito ao deficiente físico, pelo meu estado. Tive a preocupação de buscar informações de melhor acessibilidade no tráfego e ambientes públicos nas cidades por mim escolhidas para alvo de permanência, sendo eleita com obediência aos critérios pré-estipulados, a capital do Paraná, Curitiba.
É claro, que jamais iria lembrar-me de averiguar se havia diferença entre a minha fala e a fala dos curitibanos, e, para minha surpresa tive que superar esse preconceito de forma variada. Diante de uns, com postura formal e diante de outros de forma cômica... em alguns momentos quando ironizada pelo meu sotaque nordestino, até utilizei termos de resistência cangaceira, como: Sou mulher-macho, sim senhor!
E assim justificava a minha naturalidade paraibana. Porém, tentei em momento algum aprender o sotaque deles e esquecer o meu, mesmo sabendo que naturalmente a minha fala absorveria assimilidades do falar das pessoas que estavam derredor de mim, no dia-a-dia.
Desse modo seria perverso para mim esse processo gradativo que imperceptivamente poderia transformar a minha fala, e, ao retornar ao meu rincão proporcionar-me ser criticada pela presença dessa alteração...pois, já havia visto esse cenário com outros personagens.
Assim, com ou sem esse impasse, tenho a certeza que direi hoje...amanhã...e...sempre...por amor a minha terra.
SOU PARAIBANA COM ORGULHO!
Rita Bizerra, d'opbnews
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