Sexo frágil? Não! Na última década, as mulheres vêm mostrando o porquê merecem estar no topo
Para tristeza dos machistas de plantão, a realidade do mercado de trabalho mostra que as mulheres a cada ano alçam voo mais alto. De acordo com o IBGE, a atuação da mão de obra feminina cresceu cerca de 8,5%, entre os anos 2000 e 2010.
Segundo Celso Rodrigues de Oliveira, consultor da Red Hunter, muitas delas estão ocupando o alto escalão das empresas, entre os cargos nas áreas de marketing, administração, recursos humanos e telemarketing. Apesar disso, os homens ainda são a maior força no mercado de trabalho, com predominância de 63,3% e entre as áreas de engenharia e comercial.
A realidade presente nos mostra que aquela visão de mulher ‘Dona de Casa’ que prevalecia em meados das décadas de 1970 é algo em extinção. Mais focadas em investir para ter maior grau de instrução, a participação ativa feminina na produção de renda atingiu um crescimento 7 vezes maior do que dos homens. Segundo a psicóloga Marisa Gonçalves, "isso leva a mulher a estar melhor preparada que o homem. Ela busca métodos para estar sempre atualizada e informada".
Esse crescimento se expressa na valorização das características femininas no mercado de trabalho, principalmente em modelos administrativos, que acabam com a hierarquia verticalizada e procuram profissionais cooperativos, área na qual a mulher transita com facilidade. "A mulher, principalmente quando é mãe, tem de tomar decisões rápidas. Desta forma, ela sobressai no trabalho, sabe se posicionar e impor seu ponto de vista sempre que necessário", avalia Marisa.
Outra vantagem da mulher está na intuição. Elas procuram manter relações interpessoais com seus subordinados e, quando estão no comando, sabem usar a palavra certa, no momento certo. É como explica Beth Pimenta, presidente da Água de Cheiro: "A mulher é muito mais coração. A gente percebe quando um funcionário está triste e busca o que é o melhor para ele."
Mas isso não significa que as mulheres são melhores que os homens. Aos poucos, as companhias percebem que a política ideal aproxima-se de uma mistura equilibrada entre ambos os sexos. Mas por outro lado, o aumento da participação feminina no mercado influencia também na dinâmica da casa. Afinal, quanto mais alto o cargo, maior a responsabilidade, a carga horária e o salário.
Principalmente neste caso, quando a mulher tem mais poder ou dinheiro que o marido, alguns problemas podem surgir. Ciúme, inveja, insegurança são sentimentos comuns, que devem ser tratados com delicadeza, pois não é fácil para ele ver os papéis se inverterem. Seja qual for o caso, diálogo e muita paciência costumam resolver - nada que a mulher-chefe não esteja acostumada.
Rita Bizerra
Jornalista - 3336 - PB
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