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Mostrando postagens de março, 2013

Como falar de sexo na Educação Infantil?

15 Sexualidade Ao falar de Educação sexual na infância fica sempre a dúvida: devemos falar do sexo propriamente dito? Mesmo os bebês já têm a sensação de excitação, mas buscar o orgasmo já não é, de fato, coisa de criança. Elas não entendem e nem estão interessadas em saber como isso funciona. No entanto,  para o adulto chegar ao relacionamento afetivo-sexual, ele tem que passar por várias experimentações , ter contato com o próprio corpo e vivenciar situações de carinho e a intimidade – que são fundamentais para permitir a entrega, a confiança, a cumplicidade e a responsabilidade sexual no futuro. E isso sim a gente aprende na infância. A fase auto-sexual e a descoberta do corpo Até os 4 anos de idade, o  interesse sexual da criança  está, basicamente, nas sensações do seu corpo, de carinho e atenção. Mas quando eles entram na fase que Freud chamou de auto-sexual ou genital, elas descobrem que têm autonomia para produzir uma sensação gostosa ao tocar seus ge

Sexo é do bem!

15 Sexualidade Durante as capacitações que dou nas escolas, a pergunta que mais ouço dos professores é: “A Educação Sexual não vai estimular os alunos a fazerem sexo? E respondo: “Não, eles já estão transando“. A última pesquisa do Ministério da Saúde comprovou que a idade média da primeira relação sexual entre os jovens está em torno dos 15 anos. Para isso, eles não precisaram do nosso consentimento, a própria sociedade já se encarregou de liberar o sexo entre eles. O que nós precisamos fazer é  prepará-los para poder viver esta experiência com prazer e responsabilidade . Uma das principais dificuldades ao se falar de sexo nas escolas é que ele ainda é visto como uma coisa ruim, associado à vulgaridade, pecado ou rejeição. Mas o sexo é parte fundamental da vida! Se um indivíduo não faz sexo, ele não morre. Mas, se a humanidade perder o gosto pelo ato sexual, a nossa espécie desaparecerá. Está na hora de olharmos para o sexo como ele é: como  algo do bem ,

Por que falar de Educação Sexual nas escolas?

15 Sexualidade Quantas vezes não vemos nas salas de aula um caso de namoro que perturba a atenção dos alunos, beijos no pátio que deixam os inspetores encabulados, adolescentes que se masturbam na aula… Sem falar nos recorrentes casos de gravidez na adolescência? Todas essas situações são comuns às escolas, e como  educadora sexual há mais de 20 anos atuando nas escolas públicas e particulares de São Paulo e outros estados, afirmo que não são novidades nas classes brasileiras. No entanto, as dúvidas sobre como agir diante destes casos ainda ficam sem respostas por medo, insegurança e, principalmente, a falta de convicção do professor sobre o que e como abordar essas temáticas na sala de aula com os alunos. Pensando nisso, em 1998, o eixo de  Orientação Sexual  foi inserido nos Novos Parâmetros Curriculares , mas não se tornou uma realidade até hoje por se tratar de um tema permeado por tabus e preconceitos, regido por valores culturais e de ordem pessoal, o qua

Mulheres se saem melhor na chefia do que homens

Crédito da foto:  flickr.com/ koencobbaert Foi-se o tempo em que só homens podiam chefiar uma empresa.  Eles ainda   ganham salários mais altos , é verdade, mas elas já ocupam mais cargos de liderança do que há 10 anos (só 15% dos cargos de presidência eram ocupadas por mulheres; hoje são 23%). Ok, a diferença ainda é grande. Mas, fiquem vocês sabendo, um  estudo  canadense garante:  elas se saem muito melhor como chefes do que os homens . Para chegar à conclusão, os pesquisadores perguntaram a  600 diretores do alto escalão  (75% deles eram homens e 25% mulheres) como tomavam decisões e cuidavam dos assuntos da empresa. Em geral, os  homens são mais quadrados , seguem as regras ao pé da letra,  não fogem do tradicional . E tampouco se importam se as decisões vão agradar ou prejudicar outros empregados ou investidores. Já as  mulheres preferem consultar outros membros da empresa antes de bater o martelo. Ou seja, levam em conta a opinião de toda a equipe e pens

TRATAMENTO DESUMANO : Uma em cada quatro mulheres sofre violência no parto

Eu tive meu filho em um esquema conhecido por profissionais da área da saúde como o limbo do parto: um hospital precário, porém maquiado para parecer mais atrativo para a classe média, que atende a muitos convênios baratos, por isso está sempre lotado, não é gratuito, mas o atendimento lembra o pior do SUS, porém sem os profissionais capacitados dos melhores hospitais públicos nem a infraestrutura dos hospitais caros particulares para emergências reais. Durante o pré-natal, fui atendida por plantonistas sem nome. Também não me lembro do rosto de nenhum deles. O meu nome variava conforme o número escrito no papel de senha da fila de espera: um dia eu era 234, outro 525. Até que, durante um desses “atendimentos” a médica resolveu fazer um descolamento de membrana, através de um exame doloroso de toque, para acelerar meu parto, porque minha barriga “já estava muito grande”. Saí do consultório com muita dor e na mesma noite, em casa, minha bolsa rompeu. Fui para o tal hospital do