Como viver e trabalhar fora numa grande cidade sem a ajuda detrabalhadores domésticos? A pergunta ronda brasileiros de classe média que, nos últimos anos, viram as empregadas escassearem e encarecerem –seus rendimentos tiveram o maior avanço dentre as categorias profissionais em 2012.
Ainda é pouco comparado a Paris, onde uma faxineira custa até R$ 50… por hora. Em Washington, são R$ 40. Em Buenos Aires, R$ 16. Nas três cidades, só os muito ricos têm empregados fixos. A classe média contrata diaristas e perde em média duas horas por dia cuidando da casa, da comida e da roupa. O tempo dobra se for uma mulher casada e com filhos.
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“O padrão de exigência aqui é outro. Era esporádico, um bom jeito de conseguirmos dinheiro quando precisávamos.”
Daniela, hoje consultora de comunicação de um organismo multilateral, fazia faxinas para engordar rendimentos durante seu período de estágio nos EUA
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“Para europeus, isso é coisa de classe média alta. No Brasil, todo mundo tem [empregada], até estudantes. (..) Já me acostumei a não ter essa despesa.”
Carlos Gallifa, músico espanhol que viveu três anos no Rio sem contratar uma doméstica
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“Franceses não gostam de fazer isso, não [lavar banheiros e passar roupas]. Muitas famílias preferem os estrangeiros porque dão bem mais duro e não reclamam.”
Angelina Bastos da Cruz, brasileira trabalha há 8 anos na França
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“Prefiro as casas com criança, porque te obrigam a ficar mais horas e ganha-se um pouco mais. (…) Trabalho com a patroa sempre com um olho em mim.”
Jorgela Gamarra, boliviana que trabalha há 24 anos como diarista em casas de Buenos Aires
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