Desde 2008, o programa 10.000 Mulheres, patrocinado pela Fundação Goldman Sachs, oferece capacitação para empreendedoras em mais de 20 países. A ideia é promover mudanças sociais por meio do empoderamento econômico das mulheres. Até agora, duas mil mulheres em mais de 20 países, incluindo Afeganistão, Brasil, China, Egito, Índia, Ruanda e Estados Unidos tiveram a oportunidade de aprender a desenvolver, com consistência, seus negócios.
Parte da missão da Fundação Goldman Sachs é a criação de parcerias entre as escolas de negócios, para melhorar a educação empresarial no mundo todo. Hoje, mais de 30 escolas de negócios, incluindo sete das 10 primeiras colocadas no ranking mundial, participam do programa e coordenado localmente através de uma rede de agências não-governamentais e acadêmicas. No Brasil, uma das facilitadoras é a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), que realiza, gratuitamente, a capacitação de educação em administração e gestão de negócios. A instituição já formou 1.300 mulheres e inicia neste semestre uma nova turma com mais 35 alunas.
A publicitária Flávia Portela, de 38 anos, foi uma das beneficiadas pelo programa. Depois que fez o curso, Flávia criou a TodaBossa, uma empresa de produtos de moda e decoração. “Quando fui fazer o curso, só tinha uma ideia na cabeça. A formação me possibilitou materializar o que estava pensando em uma empresa bem estruturada e próspera”, afirma.
De acordo com o coordenador do curso do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP, Tales Andreassi, o objetivo é capacitar jovens profissionais que tenham um negócio próprio em atividade, mas não puderam finalizar seus estudos. “Essa experiência tem sido extremamente rica. O curso muda a vida dessas mulheres, tanto profissional quanto pessoalmente”, destaca Andreassi. Segundo ele, o Goldman Sachs realiza frequentes avaliações a fim de checar se o programa está sendo desenvolvido a contento. O Brasil é um dos países que terá continuidade na realização do programa. Segundo ele, os indicadores daqui são muito bons. “Isso demonstra que as mulheres brasileiras têm grande potencial de empreendedorismo”, afirma. Andreassi ressalta também que, entre seis meses a um ano, as empresárias triplicam o número de funcionários e duplicam o faturamento.
As inscrições para 10ª edição do programa vão até o dia 31 de março pelo sitewww.10000mulheres.com.br. As interessadas poderão concorrer a uma das 35 vagas por meio de um processo seletivo. A grade de aulas inclui disciplinas como finanças como finanças, planejamento, recursos humanos e marketing, entre outras, além de serviços de apoio às empreendedoras, com duração de três meses. As participantes também contam com suporte e acompanhamento pessoal e profissional, bem como de participar de eventos de networking e fóruns abertos.
Rita Bizerra, com CM
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