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Esse deputado é mesmo pobre

Mulher não deve ter os direitos do homem, defende Feliciano


As pérolas do pensamento do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, continuam surpreendendo. Em entrevista ao livro "Religiões e política; uma análise da atuação dos parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e LGBTs no Brasil", ele disse que a concessão à mulher de direitos iguais ao homem prejudica a família. Por isso, ele é contra.

Em junho de 2012, conforme transcrito na página 155 do livro, ele disse que "quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento com uma pessoa do mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter filhos”. 

No trecho acima, como se percebe, aparece a obsessão de Feliciano: a homossexualidade.

Para ele, conforme registrou o livro, o direito de igualdade das mulheres, no mercado de trabalho, é “uma maneira sutil de atingir a família”.

O pastor continuou o seu raciocínio, voltando à sua obsessão: “Quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos".

Hildete Pereira de Melo, pesquisadora de relações de gênero e mercado de trabalho, afirmou fica claro nas afirmações que Feliciano é misógino e homofóbico. 

“Desde a invenção da pílula anticoncepcional, os casais heterossexuais podem manter vida sexual ativa sem que a gravidez ocorra”, disse. “Atribuir aos homossexuais a responsabilidade pela destruição da família é um delírio.” 

O pesquisador Paulo Victor Lopes Leite, do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e um dos responsáveis pelo livro, disse que a visão que Feliciano tem sobre o papel da mulher na sociedade é a mesma dos integrantes da Frente Parlamentar Evangélica. 

Afirmou que esses parlamentares “trabalham com a ideia de pânico moral, que se manifesta sempre que qualquer atitude ou comportamento se mostra diferente do conceito de família patriarcal, com pai, mãe e filhos”. 

E esse pânico moral, disse Leite, levam os parlamentares evangélicos a “rejeitarem qualquer transformação natural da sociedade, como o casamento igualitário e a necessidade de se discutir a legalização do aborto”. 



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