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Escritora americana diz que ‘homem será o novo sexo frágil e mulher sustentará o lar’

Escritora americana diz que ‘homem será o novo sexo frágil e mulher sustentará o lar’ Você consegue imaginar uma sociedade em que a mulher seja a principal provedora do lar e o homem muito mais ligado às tarefas domésticas? Segundo a pesquisa da jornalista norte-americana Liza Mundy, os homens estão se transformando no sexo dependente e as mulheres vão dominar os postos de trabalho, na próxima geração.
Liza estuda as questões de gênero há mais de 20 anos e é autora de “Michelle, A Biography” (biografia da primeira-dama dos Estados Unidos que entrou para a lista dos mais vendidos do “The New York Times”). A repórter, que foi premiada pelo jornal “The Washington Post” e é membro da “New America Foundation”, estará em São Paulo no dia 6 de agosto para ministrar uma palestra no evento “Nossa Felicidade”, promovido pela revista “Claudia”, e lançar a edição brasileira do seu livro mais recente, “O Sexo Mais Rico”. Leia a entrevista que Liza concedeu ao UOL Comportamento:
UOL Comportamento: Você diz que, daqui a uma geração, haverá mais lares chefiados por mulheres do que por homens. O que fez você chegar a essa conclusão?
Nos Estados Unidos, há um aumento notável no percentual de mulheres que ganham mais do que seus maridos, e também há uma aumento imenso no número de mulheres que estão criando seus filhos, mas permanecem não casadas. O “Pew Research Center” divulgou recentemente um relatório mostrando que 40% das mães nos Estados Unidos agora são o arrimo de família em seus lares. Dado que as mulheres agora apresentam maior probabilidade do que os homens de se formarem na faculdade, não há motivo para esse percentual não continuar crescendo.
UOL: Nós estamos caminhando para o fim do patriarcado?
Bem, nós ainda não chegamos aí. Nos Estados Unidos e em outros países, os homens ainda ganham mais do que as mulheres em muitas profissões. Isso significa que as mulheres que são arrimos de família frequentemente sustentam lares com menos do que um homem poderia ganhar. O fato de tantas mulheres serem o principal provedor da casa é um grande motivo para precisarmos acabar com a desigualdade salarial entre homens e mulheres, e assegurar que elas recebam o que devem receber por seu trabalho e esforço. Nós também precisamos ver mais mulheres na liderança, especialmente na política e na vida pública. Mas o número, claramente, está crescendo, e é um mundo muito diferente para as mulheres do que mesmo há 20 anos. E é um mundo melhor para as mulheres que desejam realizar seu potencial.
UOL: Com a mulher sendo o arrimo de família, você acredita que a participação dos homens no trabalho doméstico e na criação dos filhos será maior?A participação dos homens na criação dos filhos já é muito maior do que costumava ser. Em pesquisas, os homens dizem que desejam passar mais tempo com os filhos, e mais e mais pais estão fazendo isso. Os homens não querem ser o arrimo de família distante que seus pais, em muitos casos, foram forçados a ser.
Eles estão realizando mais tarefas domésticas, apesar de se mostrarem menos dispostos a abraçarem essas tarefas. Quando os homens realizam mais trabalho doméstico, geralmente envolve passar mais tempo com seus filhos, o que costuma ser mais divertido. Mas com certeza vemos mais homens cozinhando e fazendo compras no mercado. Os homens aumentaram o número de horas por semana que preparam as refeições e as mulheres diminuíram o tempo que passam cozinhando. As propagandas americanas de fraldas que sugerem que os homens não sabem trocá-las foram consideradas ofensivas e tiveram de ser retiradas do ar.

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