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Isso é real...

A nossa cultura nunca fora diferente dos demais lugares brasileiros. E, nossos ascendentes, tiveram toda uma tradição, primícias, lapidadas gradativamente, de geração em geração. Assim, transparecem as luzes lendárias, que refletem nas sombras profundas do nosso passado.
As mulheres, na visão de sábios que testemunharam aquela época, eram de uma verdade distinta da sua realidade, de vencer os obstáculos promovidos pela própria sociedade, e ainda sofrendo a nossa moldagem visual, enquanto estudiosos de longa distancia, tornam-se explícitas, as barreiras a serem superadas por elas, em todos os tempos.
Na verdade, ainda vivemos sob a masculinidade arcaica dos primeiros tempos, desde quando somos responsáveis por todos os afazeres domésticos em nossos lares, até quando somos responsáveis pela organização e higienização dos ambientes, onde trabalham os nossos maridos.
Desde quando somos impostas pela sociedade a recebermos naturalmente uma segunda família dos nossos esposos, sem reações adversas, a termos que nos vestir masculinizadas (com ternos), quando assumimos uma posição elevada na hierarquia empresarial e/ou intelectual, do contrário, não somos recebidas com o merecido respeito.
Mas, com todos esses obstáculos e outros mais, ainda tendo eu, que superar um impacto visual em primeiro instante, para assim superar as barreiras comuns do feminismo humano. Na possibilidade de nascer dez vezes mais, após essa vida. Optaria por ser mulher. Mesmo que me fosse imposta a necessidade de continuar com as mesmas dificuldades. Pois me amo, e aprendi quão mesquinho são os que me ignoram e/ou me olham com diferença. Esses sim. São tão pobres que o que mais possuem ou pensam possuir, é dinheiro. E, falando baixinho para vocês, que são nossos leitores, todo o dinheiro que sobra das nossas necessidades, chama-se pobreza de alma, que é usado de forma supérflua e esnobe.
Bom! Querendo mostrar-lhes a fortaleza da mulher, com especialidade, a mulher patoense neste século de emancipação política, seja ela, legítima e/ou ilegítima, apresentaremos algumas delas como intróitas à nossa História, e prosseguiremos o contexto em nossos próximos escritos.
Tivemos grandes mulheres, corajosas e com força política dentre as famílias Nóbrega, Wanderley, Sátyro, Urquiza, Lustosa, Gomes, Leite e outras. Porém, tornaram-se omissas nas fontes primárias que compõem os nossos arquivos municipais. Nos quais, encontramos Maria José Marques, hoje, ocupando uma cadeira no Instituto Histórico e Geográfico de Patos e Região, como primeira vereadora do Brasil, embora não sendo no legislativo de Patos, mas adotara esta, como sua cidade mãe, posteriormente, e, como primeiro nome representativo da classe feminina em nosso Legislativo, tivemos a senhorita, Maria Esther Sátyro Fernandes, cuja posse se deu em 30 de novembro de 1955, momento em que secretariou o Presidente daquela Casa, o Vereador Ronald de Queiroz Fernandes. E, entre outras funções que desempenhara, fora membro titular das Comissões de Constituição, Legislação e Redação, Educação e Saúde. Teve como principal projeto em benefício do povo que a elegeu, a construção de lavanderias públicas no perímetro urbano deste município, o qual, fora apresentado em 06 de dezembro de 1955, em que apresentou a sua propositura, com argumentação condizente ao seu perfil político, diferenciado dos demais colegas.
Maria Esther Fernandes, nasceu no município de Teixeira, em 16 de agosto de 1919. Filha de Sebastião Francisco Fernandes e Emília Sátyro Fernandes. Teve já na sua infância convívio com a política partidária, prática social da sua linhagem familiar ascendente, sendo neta do Major Miguel Sátyro, de quem certamente concebera uma influência hipnótica de futura política, mesmo sem a percepção de ambos.
Seguidamente, tivemos outras mulheres no Legislativo de Patos e, em 15 de novembro de 1988, fora eleita Prefeita Constitucional do município de Patos, a Odontóloga Geralda Freire Medeiros, com 12.450 votos, equivalente a 51,53% dos votos válidos, naquelas eleições, contra seu principal concorrente, Edmilson Fernandes Motta, que teve 10.353 votos, equivalente a 42,85% dos votos válidos. Naquelas eleições, também concorreram, o jornalista Virgílio Trindade, que obteve 681 votos (2,82%) e a professora Geralda Medeiros Nóbrega, que obteve 676 votos (2,8 %). Depois de empossada em primeiro de janeiro de 1989, Dra Geralda, que recebera a alcunha de ‘mainha’, por fazer um governo voltado para a saúde e o social, desenvolvendo programas direcionados para as mães carentes e que trabalhavam fora de casa, incluindo ações como construção de creches, a construção da Escola Profissionalizante da mulher, no bairro de São Sebastião e outras inovações, que marcaram a primeira gestão feminina, no município de Patos.
Nas eleições seguintes nós tivemos mulheres concorrendo, inclusive, tivemos outros nomes no legislativo, porém, somente nas eleições deste ano de 2012 é que Patos, mais uma vez, elegera para assumir os destinos do município, uma mulher.
A deputada estadual Francisca Motta, que perdera enfartado o seu esposo, Edivaldo Motta, em 1992, um político de caráter ilibado, esposo, pai e advogado, que se tornou político por convicção e dom, aos 24 anos de idade, quando teve seu nome sufragado nas urnas, para a Câmara Municipal de Patos, pela UDN, em 11 de agosto de 1963, vestira a camisa, do PMDB, e, retomou a posição política do marido, sendo eleita vice-prefeita, em 1992 e nunca mais largou a política, nem a camisa vermelha.
Com dois anos de mandato nesse exercício, se elegeu deputada estadual, para o mandato 1994-1998, 1999-2002, 2003-2006, 2007-2010 e atualmente, em meio ao seu 5° mandato concorrera nas eleições de 2012 à chapa majoritária e obtivera 28.407 (53,81%) votos, contra 23.389 (44,30%) votos do seu principal adversário Dinaldinho.
Nestas eleições também participara como candidato para a majoritária, o policial Silvano Morais, que obtivera 998 (1,89%) dos votos válidos.
Nas eleições de 2012, no município de Patos, também foram eleitas para o legislativo, quatro (04) mulheres, que irão contribuir consideravelmente com a gestão de Francisca Motta, são as vereadoras, Lucinha do PC do B, Nadir Rodrigues, Isis Carla e Claudia Leitão.
Há uma outra referência feminina bem positiva para que a gestão de Francisca Motta tenha um salto de qualidade, nos mais variados segmentos, a Presidente Dilma Roussef, que será representada no governo pelo vice-prefeito e amigo pessoal da presidenta, Lenildo Morais, que assessorou o ex-presidente Lula em Brasília, durante seus 08 anos de mandato.

Afora, a atuação da vereadora Nadigerlane Rodrigues (Nadir), sertaneja e olhodaguense, que fora eleita 1ª Presidenta, na história do Legislativo de Patos e com maestria enfrenta a resistência dos ‘homens fortes’ da política patoense, que não aceitam com civilidade sua substituição, por uma mulher que comanda sabiamente os destinos daquela Casa, que nos seus pensamentos era a extensão da sua.

Rita Bizerra      

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