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Joyce Ribeiro, repórter do SBT

Otimismo, persistência e simpatia são palavras que orientam Joyce Ribeiro e a fazem uma Mulher de Sucesso. Aos 33 anos, a âncora do novo telejornal SBT São Paulo tem uma trajetória incansável de experiências no meio televisivo e experimenta hoje uma fase especial não apenas na carreira, mas também na vida pessoal. Grávida de seu primeiro filho, fruto de seis anos de casamento, revela ser esse seu ‘momento mais esperado’ e diz estar preparada para enfrentar o desafio de conciliar carreira e maternidade. Da estudante determinada a trabalhar na TV ao reconhecimento profissional, Joyce tornou-se ainda referência como personalidade que contribui para a valorização social no país. Cinéfila, sonha com um programa de variedades. Acompanhe abaixo esse agradável e exclusivo bate-papo na Entrevista do Mês.


Você tem uma vasta experiência em Jornalismo Televisivo. Esse sempre foi o seu objetivo? Como começou?

Sempre fiz jornalismo e, logo quando comecei a trabalhar tive certeza que estava no caminho certo, lá pelos meus 21, 22 anos. A princípio queria ser repórter de televisão, mas era mais um sonho, achava um pouco mais dificil, pois não conhecia ninguém desse segmento e era a única jornalista da minha família.
Durante o próprio curso (na FIAM-SP) comecei a estagiar como assistente de produção, depois repórter em um programa de cultura da LBV. Foi onde surgiram os primeiros contatos.
Fiz um curso de preparação para locutores noticiaristas de TV, do Senac, que ajudou bastante. Também cheguei a desfilar como modelo durante a faculdade, mas foi uma experiência breve. Após me formar, no ano 2000, fui trabalhar na RIT TV, onde apresentei pela primeira vez um telejornal estilo ‘hard news’ (notícias de impacto e bastante atuais), com boletins de notícias. Fiquei por lá dois anos. Em outros veículos fora meio televisivo, fui colunista de cinema da revista Raça e atuei em rádio na Escala FM.
Depois segui para a TV Record, onde fiquei por quase três anos, para ser repórter e apresentadora do ‘Fala Brasil’, primeiro jornal de rede que atuei. Após isso, tive uma experiência muito interessante em um programa de variedades da emissora, que semanalmente trazia um roteiro cultural para brasileiros que moravam exterior. Ter essa possibilidade era tudo que eu queria.
Desde 2005 faço parte da equipe do SBT, onde passei por quase todos os telejornais da emissora, de garota do tempo a âncora de TV: ‘Jornal do SBT, ‘SBT Brasil’, ‘SBT Manhã’, além dos extintos ‘Aqui Agora’ e ‘Boletim de Ocorrências’. Atualmente apresento o ‘SBT São Paulo’*, mas ainda participo do ‘SBT Brasil’ e do ‘Jornal do SBT Manhã’, ambos de rede nacional.

*O programa jornalístico apresentado por Joyce Ribeiro, ao lado de Karyn Bravo, é exibido exclusivamente no estado de São Paulo, de segunda a sábado, às 19h20. 

O repórter geralmente vivencia situações diferentes das outras profissões, às vezes privilegiadas, outras mais delicadas. O que acha disso?

É um trabalho muito interessante, pois todos os dias você aprende algo diferente. A dinâmica do trabalho é a mesma, mas as discussões mudam. é, antes de tudo, saber unir o que é relevante ao útil.
Isso mudou quando você foi para a frente da bancada?
Não, antes de tudo, a essência do apresentador é ser também repórter.
Você é uma das poucas apresentadoras negras no Brasil, o que lhe rendeu títulos de reconhecimento por valorizar na mídia a competência e capacidade da mulher. Como se sente? Acha que ainda existe muito preconceito?
É uma honra, antes de tudo, e uma responsabilidade também. Me sinto feliz em poder servir de exemplo, fico emocionada, na verdade. Mas acredito que meus colegas de antes viveram situações mais complicadas. Tive que enfrentar alguns olhares de desconfiança maior, mas nunca vivi uma situação explícita.
Quando se é negro, as chances são mais distantes, como se tivesse que provar mais a competência. Mas foram apenas obstáculos. Há muito talento desperdiçado por falta de oportunidade e é preciso criá-las. Acredito que as pessoas são um pouco menos preconceituosas que no passado e sou otimista, vejo as coisas caminharem rumo a uma sociedade onde as pessoas se tratarão com igualdade.
* Joyce foi ganhadora do Troféu Raça Negra 2009, na categoria Jornalismo Televisivo e destacou-se com o Prêmio Camélia da Liberdade 2010, na categoria Imprensa, quando na época do ‘Boletim de Ocorrências’ foi a única mulher negra a apresentar um telejornal em nível nacional.
Há algum profissional que te inspire?
Admiro bastante o trabalho dos jornalistas e apresentadores Glória Maria, Heraldo Pereira e Zileide Silva.
Com a recente maternidade, quais seus novos planos? Como espera conciliá-los com a carreira?
Estou vivendo o momento que mais esperei na vida e vou passar pela dificuldade de todas as mães, que é conseguir conciliar o trabalho e a dedicação materna. Acho que essa é a maior dificuldade na vida das mulheres hoje em dia, porque a gente tem a intenção de fazer tudo, continuar sendo uma excelente profissional e participar ativamente do crescimento do filho.
O Jornalismo, em especial, consome muito. é um ofício que leva o dia inteiro de envolvimento e precisarei de mais disciplina para conseguir isso. Mas as mulheres têm tido bastante sucesso nessa difícil tarefa e eu estou preparada para encará-la também.
Há projetos novos para realizar no SBT?
Adoraria fazer um programa de TV que não tratasse só do factual, mas com assuntos mais leves e culturais, como cinema e música. Mas, no momento, ainda estou muito envolvida com a notícia diária. Isso seria um projeto para talvez daqui a uns cinco anos.
Quais as qualidades destaca em uma Mulher de Sucesso e o que ele significa para você?
A mulher de sucesso tem que ter foco. Saber o que ela quer e seguir de acordo com seus pensamentos. Saber valorizar tudo que é importante na vida: trabalho, família, lazer.
Penso que tem muita mulher se perdendo porque pensa “não quero ficar só″, então se dedica apenas à família. Também há quem diga “vou trabalhar e não olhar para ninguém”, mas tudo em exagero dá errado, é preciso alcançar um meio termo. Até porque uma profissional de sucesso doente, por exemplo, vai deixar a carreira de lado. Vivi alguns momentos de dificuldade, com um pouco de excesso nesse aspecto, que me ensinaram isso.
Sucesso para mim é ser feliz dentro do que se escolheu para fazer, seguir os sonhos do começo carreira e também ser mãe. é ter qualidade de vida.
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