Este é o senhor Augusto, um senhorzinho de coração humilde e de muita inteligência, um semi-analfabeto intelectualizado que reside na Zona Rural do município, onde eu nasci.
Vinte anos atrás, quando trabalhava na Prefeitura de Olho d'Água, eu conheci o Seu Augusto, sua esposa e sua filha, estivemos juntos por algumas vezes, os atendi na Prefeitura por algumas vezes e como sempre dei atenção respeitosa para as pessoas que me procuraram, aonde quer que estivesse, tivemos bons entendimentos 20 anos atrás.
O tempo passou, o mundo evoluiu e me deu umas sabatinadas, de forma que mudei. Na verdade, não foi totalmente uma mudança, eu evolui de acordo com as oportunidades que me vieram, me tornei empresária, depois escritora, por fim, tive que mudar de profissão e pela sobrevivência virei Jornalista/Sites de Notícias/Blogueira.
Bom, certa vez, quando abria meus e-mails encontrei uma solicitação de um amigo, administrador do site de notícias "Olhodaguaonline.com", dando conta de que havia participado das comemorações de aniversário do Senhor Augusto e o seu pedido de presente de aniversário fora a minha visita na sua casa, com o meu último livro publicado, autografado para que ele comprasse.
O Luiz, meu amigo Jornalista, solicitava no seu e-mail, que atendesse aquele pedido, pois, para ele foi emocionante ouvir daquele senhor tão simples esse pedido que dizia ser um sonho.
Parei, pensei um pouco e me recordei da Fazenda Jurema. Um ambiente festivo, onde me diverti muito na minha adolescência, quantas festas de maio me fizeram feliz, naquela Fazenda, quantos namorados conquistados naquela quadra de dança.
Ops.: O meu "Príncipe da Infantilidade" conheci no percurso de volta da Jurema para a cidade, depois de uma Festa bem animada, com meus primos e alguns amigos. Depois me lembrei, que o príncipe virou sapo...shinrs
Fui lá atender o pedido de seu Augusto e tive uma grande surpresa. Seu Augusto também mudou e evoluiu assim como. O vaqueiro ativo de outrora, hoje aposentado, come livros. Se embriaga com o sabor da leitura, como dizia sua Senhora, um vício adquirido por Seu Augusto, que o faz entendedor de muitas coisas.
Sabe, o Seu Augusto nem me deixou lembrar das minhas astúcias de adolescentes, nas festinhas que participei naquela comunidade. Até vi a quadra de dança, a casa da Fazenda, onde D. Edina recebia os políticos e autoridades, os terreiros com árvores frondosas, que continuam sendo cuidadas, para oferecerem um pouco de conforto ao ar livre, para os moradores de lá. Mais o Senhor Augusto falava dos livros que já havia lido, depois da decisão de exercer o hábito da leitura, que senti nele um intelectual semi-analfabeto.
Mais o importante que pude perceber, foi o quanto a leitura muda as pessoas. A leitura oferece um bom vocabulário, uma desenvoltura segura de comunicação entre as pessoas, etc.
Eu curti por demais esse encontro e a satisfação de presentear aquele senhor, com dois dos meus livros, que ele ainda não conhecia, porque os outros ele até sabe decorado, me falou escutar todas as participações em rádios que fiz. Até acompanhava o meu programa de rádio "Espaço Mulher" , na rádio Morada do Sol e isso é muito grato.
O que mais eu gostei nisso tudo, foi sentir que proporcionava alegria para uma pessoa e não existe felicidade maior do que fazer pessoas felizes, e ou vi dele: "Agora tou feliz, com um bom material para me divertir por alguns dias".
Abraços, para toda a família do Seu Augusto, pra meu amigo Jornalista Luiz Augusto e você que acaba de ler essa nossa história.
Rita Bizerra
Jornalista-3233/PB
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