Como nordestina autêntica, também montei arrodeando os forrós de vaquejada, na minha Tapera.
Desafiei a minha prima Rita Cavalcante, correndo entre o sítio Pedra d'Água e o Distrito Socorro, isso no início dos anos 80, mais ainda bem menina, entre os 09 e 10 anos me aconteceu uma façanha de menina de roça bem audaciosa, em se tratando de uma criança especial.
EM todas as manhãs a minha irmã abastecia a casa de água carregando em duas ancoretas, sobre o nosso jumento Mimoso, e, certa vez, enquanto ela tomava café, o seu fidedigno jumento esperava pronto junto à porta da sala.
Eu cheguei, olhei várias vezes para ele. Fiz um carinho no queixo e fui me aproximando do bicho até perceber que estava simpático comigo e acabei montando no meio das ancoretas (barris de carregar água).
Ao me ver no meio da carga a minha irmã, nem sei o que pensou, mas, teve a bendita ideia de lapear o jumento com o chicote de açoite e esse bicho virou-se em direção ao roçado.
Estando a porteira aberta, ele adentrou em uma mata fechada que margeava o caminho da roça e não respeitou velocidade, as árvores foram arrancando as ancoretas e eu tentando escapar me grudei no pescoço dele, foi quando vi uma galha meio grossa na minha frente e me pendurei nela.
O jumento se foi perdendo todos os apetrechos da sua missão de carregador d'água e eu chorando, de roupa rasgada, retornava pra nunca mais repetir a façanha...kkkk
Mais ainda hoje lembro Mimoso com carinho.
Rita Bizerra
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