Estudos mostram que corredoras mulheres se lesionam mais que os homens
A quantidade de mulheres que aderem ao movimento de saúde e qualidade de vida, através da caminhada e corrida não para de crescer. Aliado a isso, o surgimento de assessorias e campeonatos focados no público feminino impulsionam ainda mais o aumento das corredoras nas ruas.
As mulheres já representam 53% dos corredores de acordo com o site Running USA, número apresentado no 19º Congresso Mundial da AIMS – Associação de Maratonas Internacionais e Corridas de Distância, em Praga, em 2012.
A triste notícia, é que estudos indicam que as mulheres têm se lesionado mais e em taxas maiores comparadas aos homens. Na corrida de rua, para cada sete mulheres com lesões no joelho, existe apenas um homem, considerando a mesma intensidade e volume de treino.
Alguns estudos feitos com mulheres corredoras mostram que elas levam um tempo de recrutamento de grupos musculares maior do que os homens, o que poderia alterar a dinâmica de diversas articulações, especialmente do joelho.
Isso significa que, em uma aterrissagem em esportes como o vôlei ou basquete, por exemplo, o “comando” que o cérebro envia para que a musculatura se contraia de maneira adequada, chega “atrasado” em alguns músculos, sobretudo nos glúteos médio e mínimo no quadril (músculos que estabilizam pelve) e no vasto medial (musculatura interna da coxa). Isso faz com que o fémur “rode para dentro” e deixe a patela mais lateralizada e em contato diminuído das superfícies articulares. Quanto menor a área de contato, maior a pressão e, logo, maior chance de lesão crônica de tecidos, em particular a cartilagem patelar.
Nos últimos 5 anos, estudiosos comprovaram a propensão das mulheres ao valgo dinâmico – o movimento de rotação interna dos joelhos, e afirmam que o problema das mulheres corredoras é na verdade funcional e não só anatômico, como se pensava há mais de 30 anos.
Isso significa que a cada passo da corrida, a mulher estaria suscetível ao valgo dinâmico. A fase inicial da corrida é chamada de absorção de impacto, – a energia cinética do contato do pé no chão é absorvida pela contração muscular e a flexão do joelho. Na existência do valgo dinâmico, existiria um micro trauma de repetição que, no decorrer do tempo apresentaria sintomas como a dor, desconforto e inchaço no joelho.
Fonte: Webrun
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