Quão pobre as pessoas podem se tornar...

Olha pessoal, o Espaço Mulher Arretada é também um ambiente de desabafo, de externação dos meus sentimentos e aqui estou, para esse fim.

A política partidária é umas das causas de maior pobreza em algumas pessoas da minha terra Olho d'Água, eu já tive diversas provas disso nas mais variadas situações e na última quinta-feira eu me deparei com duas situações que me ratificaram essa percepção.

Não sei se já aconteceu com você, comigo acontece, não todos os dias, mas, pode-se dizer com frequência. De forma gratuita, sem jamais eu ter ofendido uma pessoa ela se implicar comigo, sobremaneira, tão ranzinza, que chega a acionar todos os recursos próximos dela para me prejudicar.

Eu já me habituei tanto a assistir essas cenas que nem me incomodo mais com coisas do tipo, quer dizer, não deixo que isso interfira, no percurso natural da minha ida, fazendo com que retorne prematuramente ou olhe para trás.

Esse meu retorno à Olho d'Água, tem me feito claro, quão pobre as pessoas podem se tornar, independente da idade, do nível e/ou posição social, do status e etc e tal. E como ainda tem pessoas que alimenta a sede de ter você abaixo do solado do sapato...

Eu olho, simplesmente, registro, e passo como se não sentisse ou percebesse atitudes desse porte, mas, a minha sensibilidade sente a dor da abertura de uma ferida na imagem, das pessoas que assim agem.

Pois bem, na quinta-feira citada eu fui à minha terra, lá recebi um convite para ir à Itaporanga e na volta, mais uma vez entro na cidade para resolver umas pendências.

Sem modéstia, me reconheço um ser HUMANO, sem maldade, sem rancor, um barril de gratidão e de amor pelos meus conterrâneos, quem me conhece ou já assistiu uma palestra minha, escutou uma ou mais vezes eu confessar, que a minha personalidade forte e resistente às dificuldades do mundo devo ao amor dos meus conterrâneos, que desde a minha infância incentivaram a me levantar sacudir a poeira e seguir a cada tombo.

Mas, naquela tarde eu tive que subir uma escada não muito leve, para resolver umas coisas e quando descia, via na frente, sentadas na calçada de uma residência, umas pessoas que não as via há algum tempo e tive logo vontade de ir até lá e falar, abraçar aquelas pessoas, só que, no final da escada, por haver degraus maiores a minha dificuldade de descer complicou um pouco e a minha filha, preocupada me segurava e me orientava descer com cuidado.

A nossa conversa chamou a atenção daquelas pessoas e eu ouvia as críticas esnobes, preconceituosas, irônicas e pobres. Ao conseguir me livras dos últimos degraus, entrei no carro e nem conversando com a minha filha para ela não perceber sequer o movimento daquelas pessoas, pois, tive vergonha dela sentir a pobreza de alma, de quem eu acabara de dizer que havia recebido muito carinho daquela casa e de tantas outras, que me ajudaram ser quem sou.

Pois é, o motivo. Votaram em um grupo político e eu em outro, simplesmente, isso.